quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014




Hoje vamos falar um pouco de Vasco Graça Moura.
«Poeta, ficcionista, ensaísta, cronista e tradutor de poesia, Vasco Graça Moura tem uma vastíssima bibliografia e tem merecido consagração nacional e internacional. Nos últimos anos recebeu, entre outros, o Prémio Pessoa (1995), a Coroa de Ouro do Festival Internacional de Struga (2004), o Prix Max Jacob Étranger (2007), o Premio Nazionale di Traduzione italiano (2009), os Grandes Prémios de Poesia (1998) e de Romance e Novela (2004) da Associação Portuguesa de Escritores, e os Prémios Paulo Quintela, da Universidade de Coimbra (2006), e Vergílio Ferreira, da Universidade de Évora (2007).»

Vasco Graça Moura, é um original! Do Ribatejo, fez a sua casa. Da Língua Portuguesa, a sua Pátria. Como tal, não aceita o acordo ortográfico, continuando a escrever o Português de Portugal, como era habitual. Respeitamo-lo e admiramo-lo. 

      Acabaram de chegar à nossa Biblioteca algumas obras literárias (da mais alta "estirpe"), ofertadas pela Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim. O mecenato continua a existir. Queremos agradecer publicamente o nobre gesto.
De entre essas obras, daremos destaque à de Vasco Graça Moura, «Os Lusíadas para gente nova», Gradiva, 2013, 5ª edição, que faz parte do Plano Nacional de Leitura (LER+).
                                                               (...)
     «teve o autor a ideia de preparar «uns» Lusíadas para os mais novos, reduzindo-lhes a extensão em cerca de dois terços, estruturando os episódios mais conhecidos em termos bastante simplificados, enfim procurando explicar, comentar, interpretar em termos muito acessíveis as passagens principais da epopeia, mas fazendo-o também em oitava rima de matriz camoniana, de modo a que os leitores mais novos, digamos entre os 12 e os 15 anos, possam «entrar» mais fácil e amenamente na matéria do poema.
     Vai assinalando em itálico tudo o que corresponde à autoria camoniana (estâncias, partes de estâncias, simples versos ou fragmentos deles); em redondo vai o resto. É evidente que a síntese apresentada não pode dispensar a leitura da obra original. Nunca será demais repetir esta prevenção. Aqui pretende-se, tão-somente, fornecer uma espécie de guia de leitura desse momento esplendoroso da nossa língua que é o texto integral de Os Lusíadas, para pessoas que, por qualquer razão, não possam fazê-lo por enquanto, muito em especial para os adolescentes que ainda não tenham tido a oportunidade de contactar com o poema camoniano.» 
                                                                                                                               Vasco Graça Moura